Inicialmento foi feito um trabalho de encascalhamento que mais parecia asfalto, mas com achegada das chuvas todo o trecho ficou danificado.
O impasse entre a empresa Yamana Gold/Mineração Fazenda Brasileiro S/A e a Prefeitura, vem causando transtorno aos motoristas que trafegam na estrada que liga a cidade de Santaluz ao Povoado de Campo Grande, na divisa com os municipios de Cansanção e Araci. Em péssimo estado de conservação, principalmente após as chuvas, a referida estrada também é o principal acesso as comunidades de Serra Branca, Assentamento de Rose, Volta da Serra, Calumbi e Lagoa das Cabras, onde residem mais de 5.000 pessoas e utilizam esta estrada vicinal para se deslocarem a sede do municipio.
Comunidade de Rose
O problema começou em junho, quando a empresa solicitou da Prefeitura autorização para realizar obras de melhoria nos 30 km de estradas, desde a cidade até a sede da Mineração, com objetivo de oferecer maior segurança aos usuários e instalar no trajeto placas de sinalização e indicação de limite máximo de 59 km/hora, além de construir quebras-molas nas estradas de acesso aos povoados e que fosse aberta a antiga estrada do Povoado de Campo Grande, passando pela sede da COSIBRA, permitindo que o acesso à sede da Fazenda Maria Preta ficasse restrito. Quando a abertura da estrada, a Prefeitura informou na época que não havia condições por falta de máquinas.
Em novembro, a Yamana Gold comunicou ao prefeito Joselito Carneiro de Araújo Júnior (PSD), que havia concluido a reforma da estrada e estaria devolvendo a gestão para a Prefetura. “Nós não iremos receber a estrada de volta se não for colocada uma nova camada de material e de boa qualidade”, afirmou o prefeito.
Segundo Júnior, não foi feito analise do material utilizado na recuparação da estrada e usando uma mistura de barro com cascalho que no período de chuva vira “mingau” e na seca, muita poeira. “Nós passavamos as máquinas periodiocamente entre 60 a 90 dias e os municipis não reclamavam e agora é o que mais ouço é reclamamção a empresa tem que corrigir este problema. Só assim aceitaremos a estrada de volta”, garantiu o chefe do executivo.
A reclamação também partiram dos moradores das ruas Itapicuru e Castro Alves, pois as caminhonetes Mitsubishi L200 Triton pertencentes às empresas que prestam serviços a Yamana, nos dias de chuvas, trazem nos pneus a lama grudada na estrada e vão deixando no calçamento. “Os caras andam nas caminhonetes , passando por cima de pau e pedra, não se importando com os buracos e agora querem que a Prefeitura receba de volta sem fazer um serviço que preste”, falou José Alves de Lima, motorista do Uno/2000 que faz o transporte alternativo da região de Lagoa das Cabras.
O gerente de projeto Marcos Moraes Silva não foi encontrado pela reportagem para tratar do assunto. A reportagem também esteve no escritório da empresa na cidade e outro gerente conhecido por Soares, que talvez poderia falar sobre o assunto, não foi encontrado.
A nossa equipe observou que na chegada da sede da empresa está sendo feito um serviço de terraplanagem e ao longo dos 30 km entre a sede do município e a mineração havia homens colocando placas de sinalização, mas ninguém informou se a Yamana está disposta a fazer um trabalho para recuperar todo o trecho.
Percorrendo a estrada – A equipe de reportagem percorreu o trecho de 30 km entre a cidade de Santaluz e a sede da Fazenda Maria Preta.
A estrada é bastante sinalizada e a todo instante alerta sobre o limite máximo de velocidade, o que era obedecido pelo motorista de uma caminhonete Mitsubishi L200 Triton que a reportagem encontrou próximo ao Povoado do Rose.
O assentamento de Rose, situada 04 km da sede, é a comunidade mais habitada as margens da estrada.
Dezenas de veículos deste modelo transitam diariamente pelo trecho
O grupo canadense já está presente na Bahia por meio da Jacobina Mineração e da extração em Ourolândia. Agora em Santa Luz.
Na fase de implantação, a estimativa da Yamana é de criar 600 empregos diretos e 600 indiretos. Na fase de produção, a previsão é que sejam gerados 332 empregos diretos e 996 indiretos. A previsão inicial de vida útil da mina é de 9,5 anos e expectativa, quando chegar à fase de produção, somente de impostos, a arrecadação do município de Santaluz pode atingir R$ 2 milhões/mês, maior do que a receita bruta atual.
Ainda nesta fase, a Yamana Gold prevê a construção de uma pista de pouso, que depois será utilizada pelo município, sem falar nos empregos diretos e indiretos que serão gerados.
Fonte CN: Valdemí de Assis /fotos Raimundo Mascarenhas
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